terça-feira, 10 de junho de 2008

Teoria e prática da leitura

Essa disciplina ampliou meu horizonte no tocante a leitura, a perceber a leituta, a ouví-la e entendê-la melhor. Sensibilizou-me com sua simplicidade de ensinar e quebrar as correntes que dificultam nosso medo de aprender e ensinar, interagindo uns para com os outros.

Manção dos Mortos.

Estou cansado dessas caras cansadas
Que pensam que a vida acaba quando não se tem nada.
Você pensou que eu seria assim tão pequeno
Esperando por um fim que nunca existiu dentro de mim.
Vou embora que não quero fazer parte dessa história
Sem final feliz.
Você tem seus planos, suas ideologias...
Eu não entendo nada de magia.
Se somos feitos de desobediência e pecados,
Eu não me acho tão mal assim,
Se tenho alguém que gosto perto de mim.
Quais serão as cores do pecado?
Quais serão os frutos do amor?
E esse sangue derramado dos corações apaixonados?
E esse sangue derramado dos corações
Que vivem na ausência do amor?
Estou cansado dessas caras cansadas
Que pensam que vida acaba quando não se tem nada.
Quem te dará a mão
Quando a tempestade chegar
Com raios e trovões?

Sem rumo e sem direção

Todos estão indo para algum lugar / Todos estão lendo para passar no vestibular.
Você não quer mais saber de mim / Você não quer mais se divertir.
Tua ideologia te tranca em seu quarto noite e dia / Não sei mais se gosto de você.
Não sei mais se consigo te entender / mas sempre você me convence que isso vai ser o melhor pra gente.
Eu entendo tudo muito bem / passei por tudo isso também. Essa escravidão mental muitas vezes me fez mal / agora vejo meu inimigo de dentro pra fora e mais perto de mim / ele pensa o mesmo que eu penso / todo momento estamos concorrendo sem espaço e sem tempo numa inteligência virtual.
Você fala de informação / De um mundo de informação / tanta informação te deixa suspensa do chão / Teu inimigo vem aí / lendo o que eu li e o que eu nunca vi / a frase ficou velha / as pessoas ficam velhas / o homem não é mais o que foi a um segundo atrás. Passa a bola pra frente que atrás não vém ninguém/ e todos estão indo para algum lugar / Todos estão lendo pra passar no vestibular.
Você não quer mais saber de mim / Você não quer mais se divertir / Não sei mais se gosto de você / Não sei mais se consigo te entender / mas você sempre me convence que tudo isso vai ser o melhor pra gente.

Quinze de Junho

Nunca será tarde para lembrar
Nem muito cedo para não saber
Que você foi a mais bela das pessoas
Seu sol se pôs em quinze de junho por trás das montanhas da vida
Imergiram de dentro para fora
E essa vontade de chorar agora
parece ser a cura pra saudade
Que o tempo leva embora nas manhãs de quinze de junho
E você foi embora pra sempre sem dizer adeus
Eu gostaria de saber onde estás e te dizer que te amo de mais
Amo-te de mais
Não vou esquecer teu olhar
Não vou esquecer teu sorriso
Não vou esquecer teu amor por nós
Nem a grandeza do teu espírito
Para sempre estará presente dentro de mim, mãe.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

A natureza



O lugar onde a beleza natural foi esculpida pela mão de Deus para o homem, mas este insiste em desnaturalizar a fonte de sua própria vida, a natureza.

Sem vida e Sem mundo

O homem desprovido de amor próprio, de amor pelo mundo, de amor pelo próximo e isolado no mundo da arrogância é como uma árvore morta dentro de uma paisagem morbosa.

Bibliotecas Escolares

As ações educativas que objetiva desenvolver, nos alunos, autonomia e flexibilidade, numa aprendizagem constante, “solicita o desenvolvimento de processos educacionais que levem o indivíduo a ‘aprender a aprender’, ‘aprender a fazer’,’aprender a ser’ e ‘aprender a conviver’ num processo de aprendizagem permanente”(Pág. 21). Mas como fazer uma criança “aprender a aprender” em um País onde a educação encontra-se em segundo plano? Como suprir todas as necessidades educacionais dessa criança, que se encontra desnorteada diante de um ensino tão melancólico? A respostas para essas perguntas encontram-se nos fazeres da Biblioteca Escolar; encontra-se em novos métodos eficazes de educar, esses trazendo vastidão ao ensino/aprendizagem e nas relações dos alunos com professores, diretores, bibliotecários e o resto do corpo humano, que dar forma e estrutura social a escola.
O desenvolvimento da criança no “aprender a aprender” vai criar raiz nessas relações assimétricas e, essas relações, que podem ser pelos instrumentos físicos ou psicológicos, vão determinar e proporcionar o desenvolvimento da criança nos processos interpessoais e, depois, nos processos intrapessoais. Onde e como a biblioteca escolar atuará para agir de forma a desenvolver o processo de “aprender a aprender?” A biblioteca escolar pode e deve está presente como sujeito ativo, em tudo que diz respeito à educação e agir como mediadora na passagem dos processos interpessoais para os processos intramentais da criança, onde esta, “torna-se capaz de saber pensar, de avaliar processo, de criticar e criar”.
No segundo processo é focado o “aprender a fazer”. Mas o que isso significa? A criança tem que “aprender a fazer” o quê? Será que é tudo que os professores, os pais, a sociedade mandam? No meu ponto de vista crítico a frase teria maior poder subjetivo se fosse aprender a se fazer e não “aprender a fazer”, porque quando a criança vai a escola e freqüenta uma biblioteca escolar, ela não vai “aprender a fazer”, mas aprender a se fazer como um ser social, um ser crítico, um ser criativo, um ser capaz de transformar e se transformar, um ser capaz de saber quais são os seus plenos direitos e deveres perante a sociedade em que vive, por fim, um ser capacitado para aprender ao longo de sua vida e tomado de autonomia e flexibilidade; qualidades que fazem a diferença onde quer que se encontre tal indivíduo, tão impar e tão complexo.
O “aprender a ser” e o “aprender a conviver” são necessidades fundamentais a formar indivíduos autônomos para com a aprendizagem e habilidosos para com a informação e, ao mesmo tempo, eficazes para o uso desta. Mas quem toma parte de uma questão que já atravessou séculos e séculos e neguem fez nada? Quem atuará como moldes desse indivíduo tão cheio de conhecimento e tão habilidoso? Segundo o Governo Federal, Estadual e Municipal são as escolas e, junto dessas, as bibliotecas escolares. Mas o que vem ser uma biblioteca escolar? A biblioteca escolar é uma instituição que trabalha junta a uma escola no desenvolvimento e aprendizagem das crianças, de modo a mediar o nível de desenvolvimento real e o nível desenvolvimento potencial da mesma. Eu diria que a biblioteca escolar é um rio e o vale por onde esse rio corre é a dificuldade enfrentada pela educação nos países subdesenvolvidos(Brasil), o volume
de água são os alunos – alguns comprometidos com os estudos, com o saber, com o desenvolvimento e outros não sabendo e nem querendo saber desse caminho estreito e cheio de dificuldades: que é estudar - quando o rio deságua, ou melhor, quando os alunos graduarem-se o mundo se abre para aqueles que percorreram todo o caminho se preparando e agregando o gosto pelos estudos, pela leitura, pelo saber, pelo conhecimento, enfim, habilitado para “articular informação” que “envolve o conhecimento de fontes, o pensamento crítico, a formulação de questões, a avaliação, a organização e a utilização da informação”(Pág.30) em benefícios daqueles que não tiveram oportunidade de se desenvolver intelectualmente. A biblioteca escolar é esse rio que leva a criança por um percurso ampliando a visão da vida, do mundo, do próximo; uma visão crítica e criativa que por toda sua existência (a existência do indivíduo) estará com os braços abertos para o agora, para o hoje e para o amanhã refletindo sobre o agora, o hoje e o amanhã, aberto para as questões sociais, culturais, ambientais, políticas e econômicas da sociedade em que vive.

Formar leitores na escola

O bibliotecário escolar e o acervo da biblioteca escolar junto com professor, diretor, devem agir de forma conjunta e atuarem como mediadores desses estudantes, ou melhor, das crianças nos primeiros contatos com os livros, dando-lhes liberdade e conhecendo cada uma (criança) e sua singularidade, de forma a entender o mundo das mesmas. Mas que mundo é esse? Podemos citar o mundo Psicológico, o mundo físico, o mundo econômico, o mundo religioso, o mundo lógico matemático, o mundo local Municipal, Estadual e Nacional em que essas crianças encontram-se. Se o docente conhecer o estado psicológico em que se encontra a família do aluno, certamente entenderá o aluno e saberá como agir com esse aluno; o mesmo acontece com os outros mundos, porém deve-se levar em conta a particularidade de cada caso; assim, aproximando as crianças à leitura com muita cautela e paciência, pois essas crianças ainda são como uma semente de girassol no ar sendo levadas pelo vento (professores, bibliotecários e corpo docente); a biblioteca escolar é o terreno fértil onde essas sementes vão cair, nascer, crescer e desabrochar em um lindo girassol em todas as manhãs de inverno, em todas as manhãs de verão e serem o germinador de novas sementes (senso crítico e criativo, informação, conhecimento).
Mediar a leitura é uma tarefa simples, mas requer uma delicadeza sensível, um observar apurado e sem censura, ou melhor, “o contato solitário entre a criança e o texto. Enfim, é quilo que faz sentido para sua vida e que lhe é significativo, portanto, nem sempre podemos mensurar essa contribuição, muito menos utilizando estratégicas externas à leitura, tais como desenho, colagem, dobraduras, entre outros” (Pág.77).